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Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os altos índices de suicídio no mundo, o "Setembro Amarelo" carrega o alerta de que precisamos estar atentos aos fatores motivadores dessa verdadeira epidemia.
Em uma sociedade marcada por pressões sociais, onde o "ter" ganha destaque em detrimento do "ser", as pessoas estão perdendo o gosto pela vida. Não se pergunta mais para um filho de que ele precisa para ser feliz, se pergunta como ele vai fazer para ter o melhor carro, a melhor roupa e melhor status social.
Estamos criando gerações de pessoas que não sabem fazer escolhas, não reagem de maneira eficaz às frustrações e apresentam dificuldades em administrar fatores estressores, respondendo a estes de forma disfuncional. Segundo Aaron Beck, um dos criadores da Psicoterapia Cognitivo Comportamental, "nós não adoecemos por conta dos fatos da vida, adoecemos porque não sabemos lidar com os fatos da vida de forma saudável".
O preço disto tudo é alto. Pessoas com pré disposição para desenvolver depressão sucumbem ao peso da vida e no auge do desespero encontram no fim da existência a saída para acabar com a dor da alma.
Vale salientar que para desenvolver depressão é necessário que haja pré disposição orgânica. Portanto, diante de fatores estressores as pessoas vão adoecer daquela doença que fragiliza seu corpo e que geralmente vem de herança familiar.
O que o Setembro amarelo alerta é para o fato de que a vontade de morrer é um sintoma dessa doença séria chamada depressão. Não é um desejo real. O cérebro está doente e o psíquico carregado de idéias negativas acerca da vida e da perspectiva de futuro.
Convencer o paciente de que a ideia suicida é um sintoma de uma doença, é o primeiro passo que o psicólogo adota para cuidar da pessoa que o procura usando a psico educação para fazer com que o paciente aprenda sobre sua doença. A partir daí o psicoterapeuta trabalhará com técnicas capazes de ajudar o paciente a parar com os pensamentos automáticos suicidas e a encontrar motivações para a vida.
Para além de tratar, precisamos prevenir.
Procurar desenvolver atitudes que sejam preditoras de qualidade de vida é o principal manejo para prevenir doenças como depressão.
Não devemos ter uma espécie de "cartilha" para seguir rumo a nossa felicidade. Cada pessoa deve olhar para seu mundo interno e decidir do que realmente precisa para ter uma vida satisfatória e saudável. Porém algumas atitudes são comuns à essa busca por "bem estar". Parece "chavão" ou lugar comum, mas mexer-se, controlar a resposta ao estresse, alimentar-se de forma saudável, participar de redes sociais, praticar meditação e respirar adequadamente estão dentro das atitudes comuns para a busca de saúde física e mental.
No mais, criar seu estilo de vida sem sucumbir ao apelo social, sendo verdadeiro com sua forma e desejo de existir no mundo, me parece ser a melhor maneira de evitar depressão.
Portanto, pare de querer enquadrar sua vida no que os outros esperam de você. Encontre a sua felicidade: simplesmente seja!!